Ajude-nos! Envie fotos e fatos relacionados para: ica1090@hotmail.com

Neste Blog apresentaremos em especial os materiais instrutivos deixados pelo Professor Amadio Vettoretti (falescido) relacionados à Região de Tubarão - SC e sobre os eventos que construíram a história de nossa bela cidade. Contamos também com a ajuda de amigos de perto e de longe que possuem materiais e conhecimentos sobre nossa história para compor nosso acervo no blog.

Uma iniciativa: "sos cidades" Prevenção, Preparação e Resposta às mais diversas situações de Emergências
Apoio: A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias -Estaca Tubarão-

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Foto de satélite indica que houve um ciclone subtropical no fim de março de 1974 no sudeste do atlântico sul

Obs: Esta é apenas uma especulação minha que não tenho nenhum conhecimento sobre a meteorologia

"Por favor me corrijam ou acrescentem se possível ao que estou expondo nesta publicação"

Entre 27 e 29 de março de 1974 formou-se a sudeste do atlântico sul um ciclone  subtropical  que  possivelmente contribuiu para que as águas do rio tubarão fossem represadas
fonte:
http://en.wikipedia.org/wiki/South_Atlantic_tropical_cyclone 

A Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), é definida como sendo uma faixa de nebulosidade persistente que se estende do Atlântico Sul Central ao sul da Amazônia, está associada a uma zona de convergência na baixa troposfera e é orientada no sentido noroeste-sudeste ficando bem caracterizada no verão. É a responsável por períodos de enchentes na região sudeste e veranicos (períodos de estiagem, acompanhada por calor intenso em plena estação fria com duração de mais de quatro dias, baixa umidade relativa e forte insolação) na região sul do Brasil.

fonte:



Logo que terminei esta postagem fui surpreendido com a seguinte publicação intitulada :
"Tempestade Arani e o análogo de 1974" feita pelo Arquiteto Leonel Ávila da UFRG na quarta feira,16 de março de 2011 no: 



Em artigos na imprensa e em diversos comentários aqui no site da MetSul tenho repetidamente insistido no análogo de 1974 como referência para o clima regional e global em 2011. O ano não completa ainda o seu primeiro trimestre e já existe uma enorme coincidências de eventos meteorológicos entre os dois anos. O colaborador Rafael Marques, um estudioso do clima no Sul de Santa Catarina e das relações do regime de chuva com ciclos, encaminhou-se um primoroso trabalho após ter pela primeira vez comentado aqui sobre o ano de 1974, tendo me apresentado evidências em dados o pesquisador catarinense da semelhança do padrão de precipitação no Sul catarinense no final de 2010 e no início de 2011 com o verificado em 1973/1974. Nenhum ano é igual ao outro, mas chamam atenção as coincidências locais e globais entre 1974 e 2011, o que foi objeto de comentário nosso no Correio do Povo na edição do último dia 5 de março.


Há mais uma coincidência e que é impossível deixar de comentar nesta semana do raro ciclone tropical/subtropical Arani no Atlântico Sul. Em 1974, também em março, nos últimos dias do mês, a literatura da conta da formação aqui no Atlântico Sul de um ciclone subtropical. A imagem de satélite (abaixo) que está em trabalho publicado sobre o sistema, ao meu ver, tem contornos sim de um ciclone extratropical, mas na fase anterior, conforme os estudos realizados, o ciclone era subtropical com centro quente em superfície.
Tal como ocorreu agora com Arani, o ciclone se formou mais ao Norte do que a climatologia média histórica aqui do Brasil e teve trajetória em direção ao Sul. O ciclone de 1974 é o mais citado do século XX na literatura estrangeira, mas a escassez de dados faz com que outros tenham certamente passado em branco.
Arquiteto Leonel Ávila
(51) 9869.9997



quarta-feira, 17 de abril de 2013

Ponte antiga de Cabeçudas, Laguna SC


Com certeza esta ponte faz parte da história de nosso povo!



Ruas que se encontram no centro da cidade de Tubarão SC 1918 e 1940


Hoje ao cortar os cabelos com o Sr. José barbeiro do salão "tesourão" na Rua São José esquina com a Rua Coronel Colaço perguntei-lhe se tinha algum recorte de jornal antigo que mostrasse ou que contasse um pouco sobre a história de nossa cidade, recebi dois recortes do Diário Catarinense de quinta feira 2 de março de 2000 no "Memórias"


Fotos de nossa História

Em frente à Catedral no centro da Cidade Rua Coronel Colaço
Vista de cima da ponte Nereu Ramos vemos a esquina do João joalheiro na Rua Coronel Colaço com a Lauro Müller  à esquerda (atualmente o chafariz) na praça centenário avistando a antiga capela que deu lugar à Catedral
Se você possui informações sobre o exemplar original, contesto histórico e local desta foto favor entrar em contato através do e-mail: ica1090@hotmail.com ou pelo telefone fixo 48 41030454  


Ponte do Andrino não encontramos data
Antiga capela que deu lugar (um pouco mais atrás) à Catedral, vemos ao canto esquerdo superior o Hospital Nossa Senhor da Conceição, a antiga ferrovia que deu luga à Avenida Marcolino Martins Cabral e mais ao fundo no canto direito imagino ser o campo de aviação, hoje em construção a Arena Multi-uso de Tubarão. 
Antiga Capela no alto do morro no centro da cidade (atualmente a Catedral)


Ônibus da empresa Tubaronense Santo Anjo
Ponte do terminal central próximo ao atual chafariz e ao mercado público municipal
Parece o mesmo Ônibus atravessando a ponte no centro da cidade 







terça-feira, 16 de abril de 2013

Jornal - La Vaguardia Espanhola de 29 de março de 1974 fala sobre a enchente que devastou a Cidade de Tubarão SC




SEGUNDA EDIÇÃO. (03:30)
CATÁSTROFE NO BRASIL

Mais de mil pessoas mortas e cem mil vítimas de inundação sem casa.

Rio de Janeiro, 29. – Um desastre de grandes proporções, com um mil e duzentos mortos, mais de cem mil pessoas desabrigadas e um número incontável de danos materiais, é o primeiro balanço  oficialmente divulgado dos  danos, causados pela  inundação de  numerosos rios ontem no Brasil, desde o extremo norte até a região sul.

“A cidade portuária de Tubarão (Estado de Santa Catarina), tem sido a principal vítima.”

Neste evento morreram afogados ao redor desta cidade em torno de mil pessoas, de acordo com informações recebidas ontem, em Brasília,  Senador Federal Antonio Konder Reis, o oficial do partido "ARENA"
(Aliança da Renovação Nacional).

Quatro metros de altura

O rápido trasnbordamento do Rio Tubarão devastou a cidade de mesmo nome.
Se pôde constatar – Afirma Konder Reis - que setenta por cento da cidade, que
tem 70.000 habitantes, foi destruída pelo aumento extraordinário do rio, que subiu para quatro metros em relação ao nível da rua.

A noite passada foi noticiado que o Governo (BR) havia declarado de "Estado de calamidade" nas regiões dos seguintes estados:

(Províncias) de Mato Grosso, Paraná, Ceará e Santa Catarina.

Conforme relatado na imprensa local, quase 10 por cento do território brasileiro
tem sido atingida pela violência dos temporais e os transbordamentos dos rios. Isto significa que oito quilômetros quadrados estão agora em um estado de calamidade.

Os estados afetados são aqueles no Ceará, Mato Grosso, Paraná, Santa Catarina, Piauí, Paraíba, Minas. Gerais, Pará. Goias, Acre e Rio Grande do Sul.

Há dificuldades nas comunicações ao longo do país e pode ser que nos próximos dias, aumente  os trágicos números já conhecidos. Em Mato Grosso, o transbordamento dos ríos causaram a ligação de dois lagos de água 70KM
de largura.

Documentário sobre a enchente de1974 em Tubarão

quarta-feira, 6 de março de 2013

1974- O Estado de São Paulo sobre a enchente em Tubarão-SC


Quinta feira, 28 de março de 1974

Jornal: O Estado de São Paulo

Tema: Enchente em Tubarão SC

Título: A cidade acabou agora começa a retirada.

O texto:

A
s águas baixaram, o sul voltou, as estradas foram abertas e começa a retirada; pouco a pouco Tubarão está sendo abandonada pelos sobreviventes de seus 70 mil habitantes. Alguns foram apertados em ônibus, outros, levados por parentes de automóvel, mas a maioria segue a pé pela BR 101. Poucos têm destino, mas todos sabem que Tubarão não existe mais, como não existem mais suas casas e seus bens que as águas levaram. Tubarão já é uma cidade oficialmente condenada. Sua morte foi decretada pelo governo militar ali instalado, que procura agora conduzir os flagelados para outras cidades.
 


Laguna, a 30 km, é uma das escolhidas para receber os sobreviventes de Tubarão. Todas as casas ao longo das praias de Laguna, vazias com o fim das férias de verão, foram requisitadas pelo exército para abrigar flagelados. “Tubarão já não existe mais”, decretou ontem no grupo escolar transformado em sede do governo militar, o seu comandante, Major Claudio Medeiros Varela. Ele é o autor do comunicado oficial divulgado ontem, no qual, entre outras exposições, determina a abertura de uma vala comum no cemitério para o sepultamento coletivo das vítimas.

 
 Segundo o prefeito Irmoto Fuerchuttes, até ontem à tarde, foram sepultados 30 corpos. A versão do Major Varela apresenta apenas oito enterrados no cemitério constantemente vigiado por guardas do exército. Em toda a cidade, porém, não se falava em menos de duas mil vítimas na tragédia. E as previsões as previsões mais pessimistas indicavam cinco mil mortos.

Os que não morreram aproveitavam o sol para sair, ou porque não tinham mais nada que os prendesse à cidade, ou por que eram encaminhados para outros locais pelo exército ou pela polícia civil. E apesar dessa diferença de motivos, a bagagem de todos que saiam a pé era uma só: no máximo uma mochila. Nas estradas, os que abandonavam Tubarão de automóvel ou de caminhoneta, levavam colchões  ou as poucas peças de mobília que sobraram, formando filas para passar as barreiras policiais, nos locais onde o asfalto desmoronou, abrindo enormes fendas.

A decisão militar de esvaziar a cidade se apoia basicamente no fato de que, além da destruição quase total, Tubarão não tem mais condições econômicas de sobreviver.

A usina Jorge Lacerda está paralisada e nem o ministro das minas e energia, Shigeaki Ueki estava ontem em condições de antecipar a data de sua volta às atividades normais.

E o problema se estende a toda região. O lavador de Capivari que beneficiava todo o carvão produzido na região para ser embarcado no porto de Imbituba, também não está funcionando. Ruíram quatro grossos pilares de uma antiga ponte, construída pelos ingleses para transportar o carvão  de Criciúma, Lauro Müller, e Urussanga para ser lavado em Capivari, e a ponte caiu. “a reconstrução vai demorar pelo menos uns quatro meses”, antecipava ontem um funcionário.

C
om a paralisação da lavagem do carvão, acabam também os empregos, vitais para a reconstrução de qualquer cidade.

A tarefa de esvaziar a cidade, o novo governo militar de Tubarão, está sendo auxiliado pela policia civil, por ele criada armando estudantes, comerciantes e profissionais liberais. É o seguinte o trecho do comunicado oficial que criou a policia civil e estabelece suas atribuições;

“A polícia civil deve:” A – Proibir o trânsito nas ruas da cidade de viaturas particulares e autorizando, por meio de passes o transito para carros de emergências, para pessoas que pretendem deixar a cidade, desde que haja condições de tráfego nas vias de acesso e comunicação com os municípios mais próximos.

                                               B – Controlar o consumo de combustível e gás;

                                               C- Evitar, a qualquer preço, saques no comércio local;

                                               D- Requisitar o transporte de alimentos;

                                               E- Fiscalizar e punir os infratores das normas de trânsito e dos autores de saques no comércio ou às residências particulares, bem como punir comerciantes que vendem mercadorias acima do preço normal;

                                               F- Proibir a permanência de pessoas sem autorização após as 20 horas nas ruas (toque de recolher).

Prefeitura municipal: deve encarregar-se da organização do cemitério,construindo uma vala comum na parte mais alta do morro,atrás do cemitério.Fotografar os cadáveres de frente e  perfil;obter óleo queimado para a colocação nas poças de água e bueiros evitando a proliferação de mosquitos;limpeza das ruas;distribuição de cal nos caminhos e locais flagelados para a colocação nas latrinas de emergência,abertura de latrinas publicas e de emergência nos locais mais atingidos pelas enchentes”.

Governo fixa-se na região afetada

O governador catarinense Colombo Salles, acompanhado do seu secretario e assessores dos serviços sociais, sobrevoou ontem a região atingida pelas enchentes e, segundo ele, só retornará a Florianópolis quando a situação melhorar. Ontem mesmo em Laguna, manteve uma reunião com os prefeitos da região, a fim de saber mais detalhes sobre os danos sofridos.
(continua)

 

 

 

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Lauro Müller recorda sofrimentos trazidos pela enchente de março de 1974

SOS CIDADES

Para buscar orientações de "Prevenção, Preparação e Resposta às diversas situações de Emergências"

CLIQUE NO TÍTULO ABAIXO





Sobre a enchente de 1974 registrou o jornal "O ESTADO DE SÃO PAULO"

Em uma pesquisa breve pela Internet encontrei hoje pela manhã alguns escritos do Jornal "O Estado de São Paulo"´sobre o evento catastrófico de março de 1974.


 Obs: "ESTAMOS PREPARANDO A DIGITAÇÃO DA MATÉRIA INTEIRA PARA MELHOR COMPREENSÃO DO CONTEÚDO FANTÁSTICO PUBLICADO SOBRE O EVENTO CATASTRÓFICO DE MARÇO DE 1974

Acima na segunda foto algo que me chama a atenção, escrito em letras grandes, um chamado especial:
 "JOVEM! TUBARÃO PRECISA DE TI PARA A SUA RECONSTRUÇÃO"








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domingo, 24 de fevereiro de 2013

Assista! (Inédito) Tubarão- 20 dias depois - No Globo Repórter de abril de 1974

Isso causou mesmo um certo desconforto para alguns cidadãos da cidade de Tubarão (no estado de Santa Catarina e não do Paraná como no livro biográfico escrito por Carlos Alberto de Mattos sob o título "Viver Cinema" que conta a história da carreira do alter Lima Jr da TV Globo que dirigiu a matéria para o programa Globo Reporter Atualidades de abril de 1974.



Tubarão, 18 de maio de 1974 - Sábado - Nosso Jornal
Diretor: Edgar Nunes
Título: “Molecagem à Reportagem da Rede Globo”
O texto: 
Lutam os políticos pelas liberdades dos partidos e pelo retorno à plenitude da atividade democrática;
Lutam os homens de imprensa pela liberdade de imprensa e pelo exercício da profissão, mas, lamentavelmente somos forçados a reconhecer que o governo tem razão em controlar a imprensa.
Se uma organização do porte da Rede Globo de Televisão exibe um documentário como aquele exibido no programa “Globo Repórter”, meu deus!O quê não se publica por esse Brasil a fora em nome da liberdade da imprensa?
Aquilo foi um acidente! Uma vergonha e até mesmo uma covardia para com uma cidade convalescente. Mostraram uma aldeia não uma cidade de 70mil habitantes já com duas faculdades.
Aí estão as opiniões do Professor Alberto Cargnin e do colunista Valmor Silva. Infelizmente não pudemos conseguir cópia da crônica do Professor Névio Capeller lida quinta feira (dia 16 de maio) pela rádio Tubá. Já o cônego Raimundo Ghizone, na missa das 9:30h disse ter sido “uma reportagem satanicamente dirigida”.
Já havia assistido a reportagem sobre Tubarão, 20 dias atrás quando ma encontrava em Brasília no dia 3 de maio. Lamento profundamente o conteúdo da mesma. Uma vez que somente o lado negativo da cidade, cenas do “mundo cão” é que foram mostradas, deturpando o sentido do nosso trabalho.
Todavia providências já foram tomadas para que uma emissora do estado aqui se dirija para filmar a nova realidade tubaronense.
“O nosso esforço a união de forças, o destemor da nossa gente é que mostrarão aos olhos do país a nossa capacidade e do que seremos capazes pela nossa terra”.
Foi assim que se pronunciou o prefeito Irmoto Feuerchutte. Nós, contudo, achamos que a Comissão Municipal de Defesa Civil, a Comissão Estadual e até mesmo a Nacional devem procurar abrir inquérito e apurar os fatos, após se for o caso, aplicar a lei de imprensa para chamar à responsabilidade os autores e veiculadores daquela odienta reportagem.
Por outro lado o Dr. Roberto Marinho, Diretor da Rede Globo, se realmente o jornalista que as comendas, medalhas e honrarias que recebe, faz juz, providenciará a imediata vinda de um repórter gabaritado, não um moleque e procurará desfazer uma imagem negativa que milhões de pessoas que conhecem a nossa cidade e viram como a cidade foi arrasada, estão fazendo neste momento da Rede Globo de Televisão.  


No Livro biográfico escrito por Carlos Alberto de Mattos encontramos informações sobre a história de nossa cidade na enchente de 1974 que poucos tubaronenses conhecem:


Para ver o Livro inteiro clique no título abaixo:

Quando em uma de minhas pesquisas no Arquivo Público e Histórico Municipal de Tubarão-SC encontrei uma mensão em um jornal da época sobre esse episódio que nem mesmo nosso saudoso amigo Professor Amadio Vettoretti tinha conhecimento, lembro do olhar dele quando o chamei à mesa de pesquisa e o mostrei o recorte de jornal referido; parecia uma criança feliz por ter ganhado mais um presente; imediatamente fez uma cópia e inseriu em seu acervo particular.
Sugeri que enviasse um e-mail como Diretor do Arquivo Publico e Histórico Municipal para a rede Globo de televisão e solicitasse uma cópia do programa de abril de 1974 para compor o acervo municipal mas até seu falescimento não recebeu nenhuma resposta sobre o assunto! 

então hoje ao buscar mas iformações sobre a enchente na web me deparo com esta posagem fita no dia 19 do mês passado por Maycon Medeiros Borges 


Inédito!
Assista ao docmentário que mostra co imágens e som o depoimento dos sobreviventes da enchente que evastou nossa região no dia 24 de Março de 1974